Desistir é mais fácil quando já existe uma série de experiências condicionadas que te encaminham para essa mesma estratégia.
Com a decisão tomada, um alívio se manifesta. O mais difícil é administrar a dor que surge carregada de histórias, memórias, imagens e muita crítica. Como não foi a primeira vez, seus arquivos mentais são acessados e dão vida a esse cenário sofrido.
Essa percepção só é possível de ser encarada quando você já tomou consciência que a desistência é um padrão. Sem essa clareza a postura da queixa vai imperar e a responsabilidade pelo insucesso será de outra pessoa.
Nesses dois desfechos partiremos para caminhos diferentes. Com o mesmo objetivo, ampliar a consciência. Porém, vamos falar quando a pessoa identifica o padrão. Essa informação não diminui a dor sentida quando se “flagra” no mesmo movimento de fuga.
Mesmo com a clareza e a dor, você pode escolher continuar com o que já sabe ou seguir na busca de mais respostas. O objetivo é perceber sentimentos negados, fracassos rejeitados, medos ocultos, impotência, compromissos com crenças limitantes sendo honrados, e muita identificação com o passado.
Exitem histórias sendo contadas dentro de você, que ainda não parou para ouvir. Se desiste do seus objetivos, sonhos, desejos, metas, e qualquer coisa que te leve para frente, tem algo que te segura ou que você insiste em segurar.
O autoconhecimento é uma boa ferramenta nessa jornada.
Não tem nada de errado com você. E sim, é possível fazer diferente.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.