É interessante observar como sofremos por antecipação. Quando surge algo para resolver a mente se ocupa com muitas estratégias e alternativas. E até aí tudo bem. A questão é quando transformamos isso em um grande problema. Você já não consegue ver a situação com distanciamento e clareza. O medo se torna seu maior conselheiro e você se perde em muitas dúvidas, inseguranças e uma série de combinações para obter o controle da situação e fazer dar “certo”.
Tudo isso interfere na produção de cortisol que tem como função regular o estresse, inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial.
Isso exemplifica como o seu corpo reage ao que pensa e sente.
Depois de toda essa mobilização interna e externa, seu corpo se preparou para disputar uma guerra, vencer uma luta. E mesmo com toda essa atividade em andamento, a questão se resolve, com tranquilidade.
Você não precisava ter ativado e alimentando toda essa estrutura do medo.
Depois que a resolução se apresenta, o que me chama atenção é que a maioria das pessoas não registram a informação que na realidade nada aconteceu.
Nada do que foi imaginado se tornou real… Apesar do cenário trágico cogitado pelo medo, necessidade de controle e ânsia por fazer dar certo.
Agora a decisão é sua. Quando o medo insistir em te orientar, o que fará? Escolherá acionar todas as possibilidades negativas que ele gentilmente te oferece? Ou relembrará de todas as vezes que pensou no pior e nada de ruim ocorreu?
Tudo se resolveu como a frase da Barra de Acess: ” Com facilidade, alegria e glória.”
E você nem notou, ficou preso no e se…
E ao fixar sua atenção no que “poderia ter acontecido”… Você não nota o que de fato ocorreu.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.