“Mas, o que implica de positivo a experiência dos clientes?
Em primeiro lugar, o cliente encaminha-se para autonomia.
Isso significa que começa gradualmente a optar por objetivos que ele pretende atingir. Torna-se responsável por si mesmo. Decide que atividade e comportamentos significam alguma coisa para si e os que não significam nada.
Não gostaria de dar a impressão de que meus clientes tomam essa direção com alegria e confiança. Pelo contrário. A liberdade para uma pessoa ser ela mesma é uma libertadade cheia de responsabilidade, e um indivíduo procura atingi-la com precaução, com receio e, no inicio, quase sem confiança nenhuma.
Também não queria dar a impressão de que o cliente faz sempre escolhas criteriosas. Ser responsavelmente autodirigido implica opções – e aprender das consequências. É essa a razão por que os clientes acham que se trata de uma experiência austera, mas apaixonante. Como dizia um deles: “Tenho medo, sinto-me vulnerável e sem qualquer apoio, mas sinto igualmente crescer em mim a força ou o poder.” Esse modo de reagir é habitual no cliente quando ele assume a autodireção da sua própria vida e do seu comportamento.”(Rogers, Carl. 2009, p. 194)
O processo terapêutico não será um recurso que necessariamente te dará toda a confiança para seguir sendo quem de fato é. Mas, com o despertar interno do que de fato quer, terá mais clareza e confiança em fazer diferente, começar novamente, mudar de vida e reconstruir sua história.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.