“Quando você começa a defesa da sua criança interior, tem de enfrentar outro dilema. Uma vez que quase todos nós viemos de famílias disfuncionais, na verdade não sabemos como cuidar de nossa criança
ferida. Ela é infantil. Foi superdisciplinada ou
subdisciplinada. Precisamos ser disciplinadores construtivos se quisermos que ela fique curada. Sua criança interior precisa internalizar novas regras que lhe permitirão crescer e florescer. Você usará sua força de adulto para dar a ela boas permissões. Ela precisa de permissão, para desobedecer às normas dos pais, permissão para ser autêntica e permissão para brincar.
Sua criança interior precisa aprender também a diferença entre expressar um sentimento e agir de acordo com esse sentimento. Por exemplo, a raiva é um sentimento perfeitamente válido. É o sinal de que uma violação dos seus direitos ou das suas necessidades básicas ocorreu ou está para ocorrer. Nesse caso é válido expressar a raiva, mas não é válido agredir, xingar, gritar ou destruir a propriedade.”
O adulto consciente dessa “criança interior” e das suas necessidades, percebe a importância de garantir que ela desobedeça algumas regras que foram determinadas pelos pais e que limitam seu crescimento, sua disponibilidade para brincar e se divertir na vida e o um dos principais para mim, a expressão autêntica. É válido e genuíno manifestar a sua autenticidade.
Hoje com a ajuda da Dani, reprogramei uma memória. Notei que julgava minha atitude errada por ter expressado raiva. Por ter saído do “controle”, olhava para aquela cena do passado com vergonha.
Com o exercício que a Dani propôs, percebi que naquela situação eu fui autêntica, expressei uma emoção. Está tudo bem…
Foi libertador e me deixou com um sorriso enorme no rosto. Sei que naquele momento minha criança interior comemorou comigo.
A sua criança interior precisa de um ambiente seguro e acolhedor para se manifestar. Você está garantindo esse espaço para ela?
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta