Na tentativa de fazer diferente a criança que ainda existe em nós, escolhe pessoas, cenários e situações familiares. Repete um cenário exatamente como no passado.
Não sei como isso chega para você.
A princípio pode parecer estranho. Mas, o fato de ter crescido fisicamente, de ter mudado de cidade, país. Ter se distanciado das pessoas que te magoaram. Ter colocado uma “pedra” no passado. Não é o suficiente para ressignificar experiências dolorosas.
Agimos com consciência ou movidos por padrões inconscientes. E nesse segundo caso, é que as repetições surgem.
Inconscientemente existe uma busca por parar de sentir uma dor antiga. E sem consciência desse movimento, é fácil tentar “consertar” esse passado com os mesmos recursos que foram utilizados na infância.
Convido seu adulto para observar se essa iniciativa terá um resultado positivo.
Talvez, concorde comigo. E juntos vamos perceber que a resposta é não.
O que fazer?
Primeiro, tome consciência que existe uma dor que ainda permanece viva.
Segundo, observe tudo aquilo que se repete. Emoções, comportamentos, relacionamentos, atitudes, e tudo que se manifesta de forma automática.
Esse será o primeiro passo que te guiará na direção do que necessita ser visto, sentido, ressignificado e curado.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.