É difícil caminhar quando estamos trilhando o percurso de outra pessoa. Não sabemos o que estamos buscando e se perder se torna inevitável.
Quando isso acontece? Com mais frequência do que você imagina. Não fazemos por mal e muitas vezes nem sabemos que essa escolha foi feita. Esse processo se constrói no inconsciente e ganha vida nas nossas relações e nos desafios que se tornam constantes e dolorosos. Na constelação familiar, esse movimento é chamado de emaranhamento, a pessoa se identifica com uma emoção, com uma crença, com uma história, com uma decisão difícil, com uma separação conflituosa, com uma perda que não foi elaborada, com uma emoção que foi excluída, com um fracasso profissional. São tantas as possibilidades. Mas, o resultado se torna o mesmo.
A vida fica difícil de ser vivida porque a pessoa assume a responsabilidade por algo da vida de quem ama, por lealdade. Não é difícil imaginar que por mais que exista boa intenção, não vai funcionar. O sistema familiar necessita de ordem e uma lei importante é a hierarquia, sabendo que alguns assuntos pertencem aos grandes, aceitamos nossa impotência e seguimos com o que nos pertence.
Nosso desafio? Elaborar nossas emoções com tudo que houve com os nossos. Assim, respeitamos a caminhada de cada um e temos força para olhar para o caminho que terá que ser trilhado por nós.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.
