O movimento entre o medo de ser abandonada e o medo de ser dominada, é comportamento comum em adultos que ainda estão identificados com a sua criança interior ferida.
Nos casos em que você se defende fugindo do abandono, confundindo dependência com amor ou encontrando estratégias para sempre se distanciar do outro justificando que está sufocada, presa, podem ser sinais da sua criança interior ferida.
Quando os pais por alguma razão e vale ressaltar, que agem muitas vezes sem consciência. Rejeitam a expressão autêntica da criança, ou seja reprimindo emoções, sem validar desejos, ou minimizando carências, a criança experimenta uma sensação de rejeição.
Com essa sensação, ela constrói uma nova versão. Um novo “eu”. Papéis surgem para construir uma expressão agora mais aceitável. A criança ferida para se sentir amada, vai agir exatamente da forma que acredita que deve, para então ser querida.
Agora lembre dos seus relacionamentos, o medo de ser abandonada, ou dominada. “É impossível a intimidade sem a noção do eu. Como podemos compartilhar nossa pessoa com alguém, quando não sabemos realmente quem somos? Como alguém pode nos conhecer quando não sabemos quem somos?” (John Bradshaw)
Nessa dinâmica além da ausência de percepção sobre quem de fato são, os limites são ignorados. E assim, fica difícil se posicionar quando alguém invade a fronteira física, emocional, sexual ou se comportam de forma indevida.
O que acontece?
Fica difícil dizer não. Definir o que é seu e o que é do outro. Saber o que você realmente quer. Falta autoconhecimento, falta autoconfiança, falta ter clareza das suas fronteiras.
Esse assunto é tão profundo, tão sério. Mobiliza tantas histórias.
Você já observou como está agindo nas suas relações? Esses medos surgem? Como você reage?
E seus limites? Você consegue reconhecer suas fronteiras?
Consciência… Se precisar de ajuda, conte comigo!
Poliana Mota.
Psicóloga, psicoterapeuta Humanista
e Consteladora Familiar Sistêmica.
