Autopiedade no dicionário é descrito de forma geral, como sentimento de piedade de si mesmo, isso em relação aos problemas e dificuldades de forma geral.
Todos sentimos autopiedade em algum momento da vida. É natural… Mas, quando você se acostuma com esse sentimento e ele resolve ficar, fazer morada… Uma situação difícil começa a se apresentar.
De tanto fazer parte das interpretações sobre os acontecimentos da vida, o olhar sobre as experiências, desafios, questões e toda a história vivida, ganha essa forma: pena.
Sabe aquele pensamento: “coitada de mim.” “Por que isso só acontece comigo?”
Agora se você se identifica com esse cenário peço que gentilmente observe como você fica, como você se trata e trata os desafios da vida, quando sente pena de si mesma constantemente?
Um profundo sentimento de injustiça pode surgir. Uma necessidade de ser salva pode se apresentar. Um julgamento de que todos são culpados pelo que aconteceu ou por tudo que acontece com você, pode ser manifestado.
E apesar das reações serem inúmeras, uma coisa talvez fique despercebida.
Que com pena de si, você pára a sua vida. Fica aguardando… Aguardando um dia melhor. Uma ajuda externa. Alimentando uma crença mágica da criança ferida.
Sentir pena de algo que aconteceu pode ser necessário. Lamentar a dor vivida. Acessar a consciência de que nada poderia ter sido diferente. Olhar e reconhecer a sua inocência naquela experiência. Mas, quando a pena de si mesma contamina sua força de ação, é importante cuidar dela.
A criança ferida que habita em você precisa que sua adulta consciente esteja com ela para reconhecer o passado que ainda não foi ressignificado. Mas, a adulta consciente precisa assumir que agora ela pode fazer no seu tempo, um pouco diferente do que foi feito lá atrás.
Me diz: Você sente pena de si mesma? E como isso tem impactado sua vida?
Poliana Mota.
Psicóloga, psicoterapeuta Humanista
e Consteladora Familiar Sistêmica.
