“Intimamente ligada a essa abertura à experiência, tanto interior como exterior, dá-se de um modo geral uma abertura e uma aceitação das outras pessoas. À medida que um indivíduo se torna capaz de assumir sua própria experiência, caminha em direção à aceitação da experiência dos outros. Ele aprecia e valoriza tanto sua experiência como a dos outros por aquilo que elas são. Para citarmos novamente Maslow, referindo-se aos seus indivíduos auto-realizados: “Ninguém se queixa da água por ser úmida, nem das rochas por serem duras… Como a criança olha para o mundo com uns grandes olhos inocentes e que não criticam, limitando-se simplesmente a observar e a reparar no que se passa, sem raciocinar nem perguntar se pode ser de outra maneira, assim o indivíduo auto-realizado olha para a natureza humana tanto em si como nos outros” (4, p. 207). Essa atitude de aceitação em relação ao que existe desenvolve-se no cliente ao longo da terapia.” ( Rogers, Carl. 2009, p. 198)
Esse processo é tão encantador. Quando mudamos a nossa opinião sobre quem somos. Quando diminuímos o julgamento. Quando reduzimos a cobrança excessiva. Tudo muda dentro e fora de nós.
Se está com dificuldade em compreender alguém, comece por você. Provavelmente perceba que trata o outro da forma que está se tratando. E quando iniciar essa mudança, torna-se flexível, amorosa e paciente com você, isso refletirá na sua relação com os outros.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.