Todos os pais educam com base no seu repertório interno, construído por um conjunto de memórias e experiências emocionais que apoiam e contam a sua história de vida. É natural que por mais consciente que esse pai ou mãe esteja do que deseja passar para seu filho, tenha dificuldade para identificar as singularidades de cada um e atender as necessidades únicas que são demandadas no processo de crescimento.
Sendo assim, olhar para infância por vezes, implica em acessar dores e memórias que ainda não foram elaboradas e que ativam reações no momento presente.
A autora Geneen Roth, continua e diz: “Se uma criança é valorizada por suas realizações, aprenderá a valorizar o que faz mais do que quem é…”
Agora imagina o quanto você aprendeu a responder de determinada forma quando recebia atenção dos seus pais ou responsáveis. Por exemplo: quando você se comportava, recebia elogio. E talvez internalizou a ideia de que para que gostem de você, para se sentir aceita e querida, você precisa comportar-se. Seguir as regras, agir conforme acredita que o outro espera de você. E assim, sem notar, você limita suas pontencialidades, habilidades, dons e qualidades. Isso porque o diante do risco da rejeição a você retorna para o comando interno que diz: “se você se comportar vão gostar de você.”
A criança que fugia da rejeição porque não conseguiria lidar com tal experiência, mantém o adulto nessa mesma condição. Porém, agora o adulto pode se defender, ser sua própria autoridade e tomar decisões que beneficiam a ele e somente ele. A questão, é que ele precisa descobrir isso.
Poliana Mota.
Psicóloga, psicoterapeuta Humanista
e Consteladora Familiar Sistêmica.