“A adolescência é o tempo da formação das bases da identidade. É nesse período que começamos a representar nossa dor original e as necessidades não atendidas da infância.Na melhor das hipóteses a adolescência é o tempo mais tempestuoso do ciclo da vida.” (Jonh Bradshaw)
Visualize uma criança interior ferida necessitando passar por essa fase que é extremamente desafiadora. Os papel que foi representado na infância de uma família disfuncional, agora reforça um impulso por se manter nesse lugar e uma busca por encontrar uma identidade.
É natural que surja um grande vazio e isolamento.
“Sem dúvida, a maior de todas as tragédias é não saber quem somos. Os papéis rígidos dentro da família, solidificados durante a adolescência, tornam-se a identidade mais consciente que podemos ter. Na verdade, passam a ser um vício. Representando o papel, sentimos que somos importantes. Desistir do papel significaria tocar o fundo do reservatório de vergonha tóxica que aprisiona sua dor original, cujo centro é o ferimento espiritual. Quando perdemos nossa noção de EU SOU, perdemos todo significado.” ( Jonh Bradshaw)
Eu gosto muito de sugerir a escrita terapêutica. Experimente escrever a história da sua adolescência, identifique como a sua criança ferida interferiu nesse estágio. O John Bradshaw, propõe que você descreva detalhamente seus traumas, os cartões do dia dos namorados que não recebeu, a solidão, a pressão do grupo se seus iguais e a dor por sua família.
Esse exercício pode ser intenso e revelador. Se for muito profundo acessar essas memórias e alcançar essas dores, procure ajuda. Você não precisa passar por isso sozinho.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.
