Recriminação, pensamentos punitivos, comportamentos movidos por excessiva sabotagem, isolamento, vergonha…
Perguntas e afirmações como:
“Por que eu fiz isso? “
“Não fui eu!”
“Se você não tivesse gritado eu não teria respondido assim.”
Uma mistura de preocupação e remorso. Uma dor sentida com uma profunda ânsia por voltar e fazer diferente.
Reconhece isso em você? Sabe que nome tem?
CULPA!
A culpa quando aparece surge acompanhada. Você já parou para refletir sobre isso? Ela nunca chega sozinha. A vergonha, o remorso, a raiva, normalmente se aproximam e querem fazer parte dessa história.
Não dá para ignorar. O problema surge quando não temos consciência da sua manifestação e de tudo que acontece internamente quando ela aparece. É necessário fazer algo com ela, reprimir e negar te levam com maior intensidade para paralisação do que para ação.
Essa é a culpa nossa de cada dia. Nós precisamos incluí-la. Sentir e dizer um sim conscientemente, pode te levar para muitos caminhos. Inclusive para trajetos saudáveis. Sim, a culpa te conecta com a possibilidade de ser empática, facilita a conexão com o outro.
A minha sugestão para hoje é: aos poucos desenvolva a capacidade de observar a manifestação da culpa na sua vida. Interaja e perceba o que ela quer te dizer. E quando sentir confiança suficiente, sente e escute.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.