Quantas vezes você nega uma emoção por acreditar que sentir é sofrer?
Quantas vezes você adota a reatividade como atitude usual e sem perceber se torna agressiva para fugir da dor?
Quantas vezes você deixa de nutrir a empatia e compaixão por acreditar que vai doer muito?
Tenho percebido o quanto é comum negar as emoções dolorosas no sistema familiar. Se um pai, uma mãe ou um ancestral, experimenta uma situação dolorosa e não elabora, alguém do sistema familiar tende a ocupar esse papel. Olhando de fora parece até bom. E por um lado é, o sistema familiar utiliza seus membros para se curar e seguir na direção da vida. O que foi negado, se esforça para ser incluído.
O que é complicado, é que aquele que assume a dor não sentinda, saí do seu lugar e ocupa o lugar de outra pessoa. Resultado? Falta força para cuidar da própria vida.
Pertencemos ao mesmo sistema, partilhamos das mesmas dores, mas cada um possui seu destino e nosso desafio é concordar com o que se apresenta e compartilhar o que recebemos até aqui. E assim, aceitar o que houve e viver com tudo que não pode ser modificado.
Você aceita o que não pode ser modificado na sua família?
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta