Quantas vezes você já se perdeu? Seguindo gps ou intuição, quantas vezes já tomou a direção “errada”?
E como foi se perder?
Têm pessoas que não aceitam essa experiência por mais que anos e anos, tenham passado.
Alguns lamentam o que acredita que poderia ter acontecido…
Outros sentem raiva pelo o que teve que passar no novo caminho…
Existem ainda aqueles que ficam seguindo no novo caminho e tentando voltar para o que fazia parte do planejamento…
Como você reage quando se perde?
Ainda acredita que pode controlar tudo? E sente culpa quando isso acontece?
Nessa última viagem que fiz, mesmo com pesquisa, seguindo mapa e pedindo orientação, me perdi várias vezes. Eu sempre tive um resistência ao erro. Era como se essa experiência não fosse algo natural.
Eu tinha que saber, mesmo vivendo alguma coisa pela primeira vez. Essa cobrança era feita para minha criança, eu inconscientemente repetia esse comando. Seja perfeita; assim será amada, incluída, aceita.
Hoje preciso ficar atenta a essa crença e a todas as sensações que surgem quando um erro acontece.
E repetidas vezes me acolho. Acolho às emoções e os pensamentos, aceito as expectativas criadas e as cobranças. E dou um lugar para aquela menina que ainda olha para mim esperando ser criticada ou reprimida.
Agora eu posso olhar para ela e dizer: “Está tudo bem. Você não tinha como saber.”
Seja como for eu faço o movimento de dar voz para o que ela está sentindo e mostro para ela que as coisas acontecem. E que o valor dela não está condicionado a nenhuma dessas mudanças externas. Ao erro ou acerto.
E você, já consegue tomar consciência da sua menina reagindo a crença aprendida na infância?
Já é possível para você acolher as emoções presentes, dando nomes e permitindo que elas simplesmente sejam vistas?
Quando o erro acontece, ou quando se perde na sua caminhada, como você faz?
Poliana Mota.
Psicóloga, psicoterapeuta Humanista
e Consteladora Familiar Sistêmica.