Como é desafiador esse movimento amoroso do render-se. Eu estou aprendendo com os ensinamentos da constelação familiar que nós somos pequenos diante da vida. Estamos em um navio como passageiros de passagem e quem comanda é o grande e o que fica.
Seguimos com nossos desejos, impulsos, condicionamentos, identificações, mas estamos a serviço de algo maior. Eu não sei de forma geral o que acontece quando negamos isso. Mas, na minha experiência, eu percebo que fico presa em dores antigas . Que perco tempo brigando com histórias que não poderei mudar. Que me distancio do que realmente quero e importa e me distraio na tentativa infantil de ser aprovada e querida.
Sinto que acesso uma desconexão do que me faz bem e me imponho metas que atendem somente as exigências externas e não internas. É como se regras surgissem compulsivamente e que nenhuma delas me levassem para frente. Eu não sei você, mas cada vez mais observo que quando aceito que faço parte e que não sou a que faz o processo da vida acontecer, às coisas ficam mais leves.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.