Algumas vezes, quando cometemos um erro, pessoas bem-intencionadas tentam nos consolar dizendo frases feitas como: ‘Isso aconteceu por algum motivo’, quando no fundo sabemos que ‘sim, isso aconteceu por um motivo, e vou te dizer qual foi: eu cometi um erro idiota!’ Às vezes precisamos encarar a dura realidade com os olhos bem abertos: sim, nós cometemos um erro.
Vou citar um trecho do I Ching que registra de forma primorosa a necessidade de uma brutal honestidade interna quando cometemos erros: ‘Apenas quando tivermos a coragem de encarar as coisas como elas são, sem qualquer engano ou ilusão, uma luz se erguerá dos acontecimentos, e graças a ela o caminho do sucesso poderá ser reconhecido.’
Talvez seja necessário sentir a vergonha de reconhecer que fizemos algo estúpido, de vivenciar esse fato doloroso, pois só assim sairemos do outro lado do túnel sendo pessoas mais humildes, íntegras e esclarecidas. Um erro só continuará a ser um erro se nos recusarmos a aprender nossa lição. Nenhuma situação que nos ajude a ser humildes, sóbrios, que nos ensine coisas sobre nós mesmos e sobre os demais, sobre responsabilidade, sobriedade, perdão, reflexão profunda e capacidade de tomar decisões melhores – ou seja, que nos ensine o que verdadeiramente importa – poderá ser encarada como um fracasso.
Aquilo que consideramos um fracasso na época em que aconteceu pode nos ajudar a estimular uma mudança interna que acabará criando uma rota ainda melhor em direção ao êxito.” ( Marianne Williamson)
Você consegue ir além da culpa?
Quando erra, reconhece e encontra uma forma de seguir com o aprendizado? Ou fica paralisada na sensação do fracasso? Se fica, o que te impede de seguir na direção da solução?
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.