Você é livre.

Olhar para o medo é um exercício interessante.
Quando você encara, perceberá que ele cresce, e por ter sido desafiado te assusta ainda mais. É nesse momento que normalmente fugimos. Não sabemos o que virá depois. Algumas pessoas preferem seguir assim. Protegidas pela dúvida e seguras na resistência de tentar.

Existe outra alternativa, insistir. Quando o medo reage te assustando ainda mais, você fica, e ver no que vai dar.
Normalmente as sensações são desagradáveis. Não porque o medo tem esse poder. Esse momento é difícil de passar porque por instantes passa a ser o prisioneiro da sua própria mente.
Agora ele te dará imagens, emoções, sintomas, e muito conteúdo limitante para que fique no “transe” por maior tempo possível. Nessa parte alguns fogem e outros se entregam ao ponto de vista do medo, fazendo dele uma verdade absoluta.

Esses não são os únicos desfechos. Concordo que sair do segundo é um grande exercício. Só que muitas vezes não obtemos sucesso porque não identificamos mais ninguém na cena entre o medo e a gente.
É aí que podemos obter um resultado melhor.

Como seria se você observasse a cena de fora?

Existe o medo, você e um observador. Como se fosse o narrador da história. Ele tem a visão completa. Ele não se envolve. Observa e relata.
Nesse lugar você conseguirá perceber o real tamanho do medo. Perceberá os recursos que ele usa pra te prender. Sentirá que são repetições insistentes de histórias que você ainda nega.
Identificará que o medo e você estão do mesmo lado. Cada um defendendo a programação mental que está preso.

Quando você só enxerga a situação. Quando analisa o fato. Quando vê a verdade. Percebe que aquilo só é real na sua mente.

Essa parte também não é tão simples. Muitas vezes perdemos tempo querendo provas de que tudo que o observador viu é real.
Andamos em círculo. E agora o vício emcional nos mantém novamente naquele lugar do ” não consigo”.

“Você é livre”. “Lembre, você é livre”. Sim. “Você é livre”.

Eu repito isso para mim. E você também pode repetir.
É livre para justificar sua não ação ou escolher algo diferente.

Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.

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