“Você está livre para ir e vir.” Será?

“Na terapia fisica pós-traumática, sabemos que são boas as chances de que, quanto mais cedo se tratar do dano físico, menores e menos graves serão suas consequências. Da mesma forma, quanto mais rápido imobilizar a pessoa e se tratar do trauma, mais curto será o tempo de recuperação. Isso também vale para os traumas psicológicos. Em que condições estaríamos se tivéssemos quebrado uma perna na infância e trinta anos depois ainda não a tivéssemos engessado devidamente?” (Estés, Clarissa Pinkola. 2018, p. 398)

Um trauma, uma dor original, uma situação não resolvida, uma mágoa, uma raiva contida, provocam inúmeras inquietações e reações na sua vida. Precisamos olhar para essa ferida, identificar suas causas, ouvir a história que ela tem para contar, acolher todas as lamentações, emoções presentes e ter paciência com suas repetições…
Começando no seu ritmo, a favorecer mais possibilidade de escolha, entendimento, consciência e liberdade.

Em algum momento sua experiência de dor será somente uma situação, um fato que você conseguiu se desidentificar totalmente.

E assim: “Você compreende o sofrimento que provocou a ofensa. Voce prefere se manter fora daquele meio. Você não espera por nada. Você não quer nada. Não há no seu tornozelo nenhuma armadilha de laço que se estende desde lá longe até aqui. Você está livre para ir e vir. Pode ser que tudo não tenha acabado em ‘viveram felizes para sempre’, mas sem a menor dúvida existe de hoje em diante um novo ‘Era uma vez’ à sua espera.” (Estés, Clarissa Pinkola. 2018, p.419)

Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.

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