Você foge do sofrimento?
Se distancia da dor?
Omite a raiva por não saber lidar com as coisas que saem diferente do esperado?
Se respondeu sim para uma dessas perguntas é importante olhar para o que a dor está te impedindo de acessar.
Estava refletindo sobre esse momento da virada de chave que percebo no processo terapêutico. Sinto que essa abertura para mudança acontece quando a gente se permite sair de duas posturas, que são: arrogante e vítima. A postura arrogante faz com que a gente acredite que por mais problema, dor, e muitos resultados que se distanciam da nossa verdade, nós estamos no controle. Sabemos o que precisa ser feito, e justificativas embasam a permanência na questão trabalhada. E na vítima, não queremos solução, desejamos que o outro nos mostre e trilhe o caminho para nós.
Nessas duas posturas nós nos fechamos para a dor. Resistimos ao sofrimento que na grande maioria das vezes guarda muito amor por nós e pelos nossos.
Sinto que essa virada de chave surge com uma postura humilde. Ganha força quando admitimos que está difícil carregar esse peso, sustentar essa máscara, manter essa blindagem emocional, equilibrar a todo momento os mecanismos de defesa.
Isso faz sentido para você?
Olhe para sua vida e investigue se quando provocou uma grande mudança, surgiu internamente uma rendição e entrega. Um pedido verdadeiro de : “preciso mudar”. “Necessito de ajuda”. “Quero fazer diferente”. “Vou escolher por mim”. “Quero ser feliz”. E com uma dessas decisões, um caminho se abre… E outra jornada se inicia, uma interna e muito profunda.
Se sentir que é importante, investigue em que postura você está. Olhe querendo ver a verdade.
Um grande abraço!
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.