Sim! Rejeitamos com prontidão aquilo que acreditamos ser ruim. E por um lado essa percepção é positiva, sem a consciência do que não quer, é mais difícil identificar o que de fato espera. Contudo, esse comportamento repulsivo para o medo, a vulnerabilidade, a necessidade de amor, a busca por atenção, a valorização de uma companhia, enfim, para tudo que foi percebido e que surge como uma luz no fim do túnel quando acessado no processo terapêutico, gera incômodo quando insiste em ficar.
Hoje meu convite é para despertar um novo olhar em relação a essa atitude. Já parou para pensar que o medo tem sido seu companheiro? Já notou o quanto a necessidade de atenção te ajuda a observar que o outro tem uma importância extremamente significativa na sua vida e isso muitas vezes te motiva? Já sentiu que a vulnerabilidade te mostra o quanto as emoções te auxiliam na consciência do melhor caminho?
Não sei se faz sentido para você… não sei o quanto você ainda acredita que negar ou resistir é a melhor opção para mudança. Sinta se essa mensagem te apoia em uma nova possibilidade de seguir acreditando que aquilo que você já sabe que te limita ainda de alguma forma, é importante que esteja presente. E quem sabe assim, você consegue trocar o desespero de não “ver a mudança”, para uma abertura sincera do que de fato precisa ser visto e aceito.
Poliana Mota.
Psicóloga e psicoterapeuta.