O medo é uma emoção natural. Faz parte da nossa realidade e nos ajuda atendendo a necessidade de sobrevivência. Sempre que o medo surge ele tem como objetivo mostrar que algo necessita de defesa, proteção.
Quando você olha para sua realidade e consegue imediatamente identificar essa necessidade, você pode agir. Escolhendo assim, uma atitude coerente com a situação, mantendo seu corpo, sua integridade, seu ser protegido.
A gente sabe que nem sempre funciona assim. O medo pode ter se tornado seu termômetro interno, que é ativado sempre que sua mente faz uma leitura da vida e compreende que está correndo perigo.
Essa interpretação generalizada te coloca refém de uma emoção que ao invés de te proteger te aprisiona.
Essa forma de encarar a vida pode ter surgido de muitos lugares. Para pertencer ao sistema familiar. Uma identificação inconsciente com algum familiar que sentia medo e por lealdade você mantém essa emoção presente. Uma necessidade extrema de controle. Uma resistência para confiar no fluxo da vida. Uma memória da infância que provocou muito medo e que ainda não foi ressignificada. Pode ser também uma dificuldade em se recuperar de uma experiência pontual, estressante e traumática que aconteceu já na vida adulta.
Independente da razão o medo ele diminui sua autoconfiança. E muitas sensações surgem juntamente com ele. Impotência, tristeza, frustração, e a sensação que você precisa se esconder, se proteger, porque não dá conta do que está por vir.
Se você vive com medo é importante olhar para ele. Esse é o primeiro passo. Pare de fugir dessa emoção em você. Pare de fugir das ideias que ele te propõe. Para de se esconder do desconforto que ele causa sempre que aparece.
Se você vive com medo é importante investigar o que está sendo negado, onde você está presa, com quem está identificada, por que é tão difícil confiar. Olhar para a sensação de desamparo, solidão e até vazio que ele provoca ao te afastar aos poucos de tudo aquilo que tem importância e valor para você.
O medo pode diminuir quando você toma consciência. Quando você começa a se ouvir, seguir seu coração e aumentar a sua capacidade de confiar e amar a vida!
É como se ao se fortalecer, você fosse aos poucos reduzindo sua atenção do medo e colocando seu olhar na força e capacidade que chegou até você para que viva a sua vida.
Se esse é seu caso, procure ajuda. Você não precisa passar por isso sozinha!
Poliana Mota.
Psicóloga, psicoterapeuta Humanista
e Consteladora Familiar Sistêmica.
